Por se tratar de um instrumento de precisão, ela precisa atender a alguns requisitos básicos que garantem a eficiência de sua utilização. Por exemplo, o fator ergonômico é essencial, uma vez que define a praticidade do uso e mobilidade com segurança para o pesquisador e para a amostra nela contida.
Neste interim, abordaremos nas seções subsequentes como os diferentes modelos e volumes das
micropipetas se adequam às variadas necessidades e especificidades de trabalho. E como é fundamental que esses instrumentos atendam a critérios de qualidade definidos com vistas a certificar a confiabilidade das pesquisas.
PARA QUE SERVEM AS MICROPIPETAS?
Elas são utilizadas em laboratórios industriais, de pesquisa universitária e de exames clínicos. O que significa dizer que são bastante versáteis e profissionais de diferentes áreas demandam sua utilização em suas rotinas diárias de trabalho.
Fundamentalmente, dizendo de modo geral, as
micropipetas são responsáveis pela medição e transporte de materiais líquidos diversos. Elas lidam com quantidades medidas em microlitros. Portanto, sua medida é extremamente exata. O que confere aos procedimentos laboratoriais um alto grau de confiabilidade.
Isso, porque mantém as características presentes no material. Desse modo, também contribui para o combate de possíveis contaminações de materiais, o que prejudicaria todo o progresso do procedimento.
Também, colocaria em risco as medidas tomadas com base nas informações obtidas.
Busca-se, portanto, a sucção, transporte e dispensação dos líquidos com segurança. De tal feita, podemos compreender o modo de funcionamento da micropipeta, cuja operacionalização acontece pelo deslocamento de ar. Este, por sua vez, ocorre em decorrência da movimentação de um pistão que se localiza no interior do instrumento.
O operador consegue adequar a pressão de ar, de acordo com o material e procedimento desejado, nivelando o nível de ar interno com o que foi expulso pelo pressionamento do pistão. Configurando assim absoluta controle do pesquisador sobre a substância em todos os estágios do processo.
Percebe-se então que há o manejo e posterior liberação da integralidade do líquido contido. O qual, por seu turno, é sugado e ejetado a partir da ponteira, peça complementar indispensável para a micropipeta. O controle alcançado garante, não apenas a exatidão da medida, mas também a não contaminação do material.
REQUISITOS QUE DEVEM SER ATENDIDOS POR UMA MICROPIPETA
Como já mencionado, há variadas opções de micropipeta para utilização dos profissionais. As opções apresentam individualidades quanto ao modelo e método de trabalho permitido.
Por consequência, existem características e requisitos próprios a cada modelo e volume disponível.
O que não significa dizer que não haja alguns requisitos comuns a todas elas. Passemos a abordar esses requisitos.
-Ergonomia: como já abordado, uma dos requisitos básicos é a detenção de um formato anatômico que facilita o trabalho do pesquisador;
-Certificação de garantia: em relação à responsabilidade do fabricante pela calibragem inicial do instrumento, que deve ser individualmente identificado para possíveis reclamações;
-Presença do Manual de Instruções: com vistas ao uso adequado que prolongue a vida útil do aparelho e não danifique a amostra;
-Exatidão: obviamente, seu requisito primordial, de que depende toda sua eficiência e utilização em laboratórios;
-Botão ejetor da ponteira: o instrumento que acima denominados complemento essencial da micropipeta. É fundamental um desenho especial que isole a ejeção da área de pipetagem, para evitar acidentes;
-Praticidade: em relação a todos os recursos, especialmente quanto ao botão de pipetagem. Este deve ser rotacional para o ajuste preciso do volume variável;
-Visibilidade: todas as informações necessárias devem ser facilmente identificadas. Por exemplo, através de display numérico que permite ver o volume que está sendo requerido;
-Resistência: não apenas quanto à qualidade do material e da fabricação, mas em relação à duração prolongada de algumas pipetagens, para as quais se demanda controle sobre a transferência de calor;
-Cone inferior: deve ser autoclavável; e
-Identificação: necessária diferenciação de volume que pode ser codificada por cores, por exemplo.
É importante respeitar as devidas diferenças de fabricação e modelo, que procuram atender às necessidades do mercado. Todavia, os requisitos acima representam o mínimo que deve ser obedecido.
Você perceberá que retornaremos a eles enquanto abordamos os modelos e volumes.
É preciso reforçar que a integridade e exatidão de volume da substância líquida são dois elementos fundamentais para o reconhecimento dos procedimentos laboratoriais. São critérios para se dizer que os resultados obtidos são confiáveis e condizem com a realidade do líquido sob determinadas circunstâncias e ambientes.
Tendo isso em vista, passemos neste tópico a abordar os modelos manuais de
micropipetas. Eles dizem respeito ao modo de uso que se diferencia pela aplicação pretendida ao experimento. Em outras palavras, cada modelo permite certas funcionalidades que se agregam a um método de pesquisa e obtenção de resultado.
Ainda, os profissionais podem requerer um modelo ou outro com base na carga de trabalho e na velocidade que desejam trazer ao processo.
O modelo de
micropipeta manual monocanal possui apenas uma saída ou canal de dispensação de líquidos. Para sua aplicação, o profissional deverá indicar manualmente o volume de material que pretende lidar.
Ela é tida como a micropipeta mais ergonômica a disposição no mercado. Portanto é excelente aliada para trabalhos que exijam precisão na coleta, no manejo e na dispensação de líquidos medidos em microlitros.
Por outro lado, a micropipeta manual multicanal possui várias saídas ou canais de dispensação, tornando a vida do pesquisador muito mais fácil em alguns casos , onde é necessário, por exemplo, preencher de amostras uma placa de cultura de vários poços. Há modelos com
8 e com 12 canais de dispensação.
Ela fornece maior volume de trabalho com reproduções idênticas, através de consistentes e precisas medidas de amostras.
É necessário se atentar para o equilíbrio da peça, o peso e a ergonomia do cabo. Bem como, vale relembrar a importância de se atestar a qualidade do material utilizado em sua fabricação.
Pressupostos atendidos, ela se adequa bem para a realização de grandes tarefas, onde se exige velocidade e exatidão.
Os modelos eletrônicos possuem automatização das dispensações, o que permite ao profissional realizar diferentes programações, de acordo com a aplicação necessária. Deste modo, é permitido um controle sequencial e de volume individualmente a cada saída.
Outro recurso útil diz respeito à possibilidade de determinar digitalmente a quantidade de material líquido que será aspirado para realização do experimento. O que configura um eficiente mecanismo de exatidão, eletronicamente controlável para possíveis futuras reproduções em ambiente de laboratório.
Os mesmos critérios de praticidade e ergonomia devem ser atendidos para sua utilização. Uma vez que falhas de manuseio podem comprometer os benefícios que seus recursos propiciam. Recursos estes que são evidentes quanto a velocidade do trabalho e precisão dos resultados.
Retoma-se aqui a importância da resistência do equipamento às condições de ambiente do laboratório, às características do líquido que ser trabalhado e a possíveis acidentes como tombos e esbarrões.
VOLUMES DISPPONÍVEIS PARA AS MICROPIPETAS
Por fim, apresentaremos as informações pertinentes no que se refere aos volumes medidos em laboratório. Sabe-se que, para determinados procedimentos, esses líquidos devem ser medidos em pequenas quantidades ou micro quantidades. Este é o parâmetro com o qual trabalharemos a noção de volume.
São dois os tipos de volumes medidos pelas
micropipetas: o volume fixo e o volume variável.
O volume fixo diz respeito à medição de um volume único (apresentado na escala de microlitros) pelo instrumento.
Por outro lado, o volume variável abrange a medida por faixas de volume – também em escalas de microlitros: de 100 a 200ul, por exemplo. Dessa forma, é possível a amostragem e distribuição de volumes precisos em recipientes diversos.
O que permite ao pesquisador obter replicações de amostragem em diferentes campos, que receberão diferentes tratamentos. Assim ele obterá a lida simultânea com vários volumes de amostras, trazendo rapidez e praticidade ao seu trabalho.
Ou seja, sendo exatos os volumes requeridos, o pesquisador será capaz de verificar como o mesmo material se comporta em ambientes diferentes, e interagindo com elementos diferentes.